Rádio Chapada



segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Quanto vale um trabalhador?

Quanto vale um trabalhador? 

Eu sei, um trabalhador não deveria ter preço. No entanto, vivemos na ordem social do capital e a força de trabalho é transformada em mercadoria.  O trabalhador para poder exercer a sua atividade é obrigado a vender sua força de trabalho e tem que procurar emprego no famoso "mercado de trabalho". 

Pois bem, nessa época de crise econômica capitalista, a solução encontrada por alguns empresários, executivos e ideólogos da ordem social do capital é a de que os governos ajudem as empresas, que os trabalhadores percam direitos e que sejam demitidos ou aceitem ganhar menos. 

 Cito o jornal  Hora do Povo: 

"Segundo dados de 2007, os dez maiores grupos brasileiros pagam anualmente aos seus principais executivos mais de R$ 736 milhões - convertendo-se o dólar por real, na cotação de R$ 1,777, de 31/12/2007. Só a Vale, do franciscano Agnelli, paga atualmente R$ 43 milhões aos seus oito diretores executivos, R$ 1,422 milhão a 11 conselheiros de administração e R$ 409.421 a quatro conselheiros fiscais. Em média, isso dá uma módica quantia por diretor de R$ 5,375 milhões anuais ou R$ 448 mil por mês. Cada conselheiro de administração embolsa R$ 129 mil anuais ou R$ 10.770 por mês. Já um conselheiro fiscal empalma R$ 102.355 anuais ou R$ 8.530 mensais." 

 O "franciscano Agnelli" citado no texto é Roger Agnelli, presidente da Vale (antiga Vale do Rio Doce, entregue pelo governo FHC, privatizada de forma vergonhosa), recebe por mês R$448 mil reais. Isso mesmo, R$448 mil reais. E ele propôs que os trabalhadores aceitassem reduzir seus salários para ajudar a enfrentar a crise econômica. 

É assim que eles agem.    

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