Rádio Chapada



sábado, 29 de agosto de 2009

Camaradas realizarão intervenções na Paraiíba

O XXIV ENECS pretende se reafirmar como espaço de reflexão de estudantes acerca dos problemas e questões que emergem da pauta política, social e cultural e deverá reunir mais de mil estudantes de todos os estados brasileiros.

Integrantes do Coletivo Camaradas realizarão intervenções artísticas durante o XXIII Encontro Nacional dos Estudantes de Ciências Sociais - ENECS que será realizado na Universidade Federal da Paraíba – UFPB, em João Pessoa, no período de 29 de agosto a 04 de setembro.
Michael Marques, Cicinha Andrade, Dayze Carla e Amanda Priscila, integrantes do Coletivo e acadêmicos do Curso de Ciências Sociais da URCA são os responsáveis pela ação na capital paraibana e realizarão intervenções que discutem o uso comercial das imagens do Padre Cícero e da Mulher, carimbaço divulgando a suposta realização da bienal da União Nacional dos Estudantes no Ceará em 2011, a qual um dos desafios dos artistas e estudantes que vem batalhando para que esse evento seja realizada pela primeira vez no Estado cearense.
A artista Amanda Priscila será responsável pela realização de uma oficina de stencil, dentro da programação oficial do evento.
O poeta Michael Marques destaca que a participação do Coletivo Camaradas, na fomentação de uma ação engajada e com perspectivas de mudanças sociais vem fortalece a identidade de atuação do grupo. Ele acrescenta que o ENECS é um dos mais importantes eventos acadêmicos do Brasil, por se tratar da construção de novos pensadores sobre a sociedade e futuros Sociólogos.

Para se ter idéia da dimensão do evento a Comissão Organizadora apresenta uma proposta de programação que incluem 112 (cento e doze) atividades do eixo acadêmico (Grupos de Trabalhos, Mesas-Redondas, Palestras, Mini-Cursos), 11 (onze) atividades do eixo político (Grupos de Discussões, Oficinas de Preparação do Ato Público, o Ato Público, Plenária Final) e 40 (quarenta) atividades do eixo artístico-cultural (Oficinas, Shows Musicais, Apresentações de Teatro e Dança, Mostra de Vídeos/Filmes, Artesanatos e entre outros) durante os sete dias de evento.



sábado, 22 de agosto de 2009

Lilian Carvalho reúne arte e psicologia em oficina na comunidade do Gesso

Oficina “Ator social: as ações do cotidiano servindo de base para reflexão social e ação cênica” será realizada ao ar livre.

A “arte que se confundi com a vida” é baseada nesta idéia que será desenvolvido pelo Projeto Nova Vida, uma oficina que reúne elementos da psicologia social e das artes cênicas. A oficina será ministrada pela atriz e acadêmica de psicologia, Lilian Carvalho, que é integrante do Coletivo Camaradas e pesquisa sobre psicodrama, psicologia do copo e psicomotricidade.
O objetivo da oficina segundo Lilian Carvalho é identificar as relações e ações sociais da comunidade e a partir daí efetivar uma ação baseada na realidade dos participantes.Ela ressalta que além dos teóricos do psicodrama e psicologia social irá trabalhar na perspectiva do teatral engajado do brasileiro Augusto Boal falecido recentemente e do Russo Bertolt Brecht. Para atriz é preciso despertar consciência e conhecimento no fazer artístico.
Cenas do cotidiano se desenrolam sobre um palco e cenários estranhos que pode ser a própria rua e é nesta compreensão de educação social que envolve fatores emocionais e intelectuais de forma integrada que os participantes e público serão envolvidos na oficina.

Para a instrutora do Projeto Nova Vida, Izabel Cristina Matos, essas oficinas possibilitam um crescimento intelectual para os alunos e ainda serve como suporte pedagógico para os educadores do Projeto Nova Vida que funciona na comunidade desde 1991.
A Oficina será destinada aos alunos do Projeto Nova Vida e ocorrerá nas ruas da antiga zona de prostituição e o seu resultado será apresentado também ao ar livre.

Lilian Carvalho reúne arte e psicologia em oficina na comunidade do Gesso

Oficina “Ator social: as ações do cotidiano servindo de base para reflexão social e ação cênica” será realizada ao ar livre.

A “arte que se confundi com a vida” é baseada nesta idéia que será desenvolvido pelo Projeto Nova Vida, uma oficina que reúne elementos da psicologia social e das artes cênicas. A oficina será ministrada pela atriz e acadêmica de psicologia, Lilian Carvalho, que é integrante do Coletivo Camaradas e pesquisa sobre psicodrama, psicologia do copo e psicomotricidade.
O objetivo da oficina segundo Lilian Carvalho é identificar as relações e ações sociais da comunidade e a partir daí efetivar uma ação baseada na realidade dos participantes.Ela ressalta que além dos teóricos do psicodrama e psicologia social irá trabalhar na perspectiva do teatral engajado do brasileiro Augusto Boal falecido recentemente e do Russo Bertolt Brecht. Para atriz é preciso despertar consciência e conhecimento no fazer artístico.
Cenas do cotidiano se desenrolam sobre um palco e cenários estranhos que pode ser a própria rua e é nesta compreensão de educação social que envolve fatores emocionais e intelectuais de forma integrada que os participantes e público serão envolvidos na oficina.

Para a instrutora do Projeto Nova Vida, Izabel Cristina Matos, essas oficinas possibilitam um crescimento intelectual para os alunos e ainda serve como suporte pedagógico para os educadores do Projeto Nova Vida que funciona na comunidade desde 1991.
A Oficina será destinada aos alunos do Projeto Nova Vida e ocorrerá nas ruas da antiga zona de prostituição e o seu resultado será apresentado também ao ar livre.

Coletivo Camaradas recebe doação do "homen do caminhão de livros"

Militante de esquerda, Elmano Rodríguez já dou 65 mil livros para escolas e bibliotecas do Estado do Ceará em duas décadas. Produtor gráfico da Editora da Universidade de Brasília (UnB), Elmano chegou em 1979 a Brasília e há duas deacadas começou a arracadar livros e enviar para o seu Estado.

Cerca de 150 livros foram doados ao Coletivo Camaradas nesta ultima sexta-feira, dia 21. A doação foi feita pelo cearense Elmano Rodrigues radicado em Brasília. Rodrigues, que recentemente recebeu o pseudônimo na capital do país de “Homen do Caminhão de Livros”.

A vida de Elmano Rodrigues Pinheiro, de 60 anos, é amontoar obras literárias, científicas e artísticas para, depois, distribuí-las pelos rincões do país. Ele quer ver a sua gente do Ceará e adjacências (Pernambuco e Paraíba) lendo, respirando a cultura. De Brasília, com ajuda de um e de outro, dá um jeito de realizar a missão para "partir dessa vida levando uma boa história".
Esses dias chegou no Crato vindo de Brasilia , um caminhão com 15 mil obras. Outra mesma quantidade deverá ser enviada ainda esse ano em data a ser definida. Em quase duas décadas, ele levou à escolas e bibliotecas públicas cearenses mais de 65 mil títulos.

Diversas foram as formas desses livros chegarem no Ceará nos últimos anos. As vezes ele pediu aos amigos para trazer, em outros momentos tentou via gabinetes de deputados e pela primeira vez conseguiu o apoio do Governo, através do Ministério da Integração Nacional que cedeu um ônibus. Uma boa quantidade de livros ainda encontra no Instituto Cultural do Cariri para doação as entidades.

Além do Coletivo Camaradas outras entidades e bibliotecas receberão doações, inclusive a Universidade Regional do Cariri – URCA e a Biblioteca Pública do Crato.

domingo, 9 de agosto de 2009

Ricardo Peixoto ministra oficina de "caixa mágica" na periferia do Crato

Coletivo Camaradas realiza parceria com artista de renome nacional para ministrar oficina na Comunidade do Gesso.

A comunidade do Gesso, na cidade do Crato receberá nos dias 13 e 14 o arte-educador, fotógrafo, jornalista, curador e produtor cultural, Ricardo Peixoto. O artista multimídia ministrará a oficina “Caixa Mágica” que abordará princípios da fotografia e proporcionará um exercício sensorial. A oficina será realizada no Projeto Nova Vida. Um dos fatores que motivou o artista foi interesse em conhecer a realidade da antiga zona de prostituição do Crato, o qual tomou conhecimento, através da Exposição Cabaré que foi realizada no Centro Cultural do BNB. Coincidentemente Peixoto realiza em João Pessoa, o Dia Internacional da Prostituta, juntamente com a Associação das Profissionais do Sexo da Paraíba.
Para Ricardo Peixoto que tem um trabalho ligado aos grupos excluídos e marginalizados “o artista não pode ficar fazendo arte pela arte”. Ele acredita que o artista pode e deve contribuir socialmente com o seu fazer artístico.
Peixoto é um dos fundadores do Grupo Traficantes de Imagens na década de 1990 na Paraíba. Fundador do Movimento Conspiração Cultural, curador do Museu da Imaginação. Tem participação em salões e festivais nacionais e internacionais, seu trabalho integra importantes acervos e coleções de museus, instituições, universidades, fundações e galerias do Brasil, Argentina, França e Áustria.
O artista também estará ministrando no Centro Cultural do Banco do Nordeste CCBNB Cariri, em Juazeiro do Norte a oficina: Laboratório de Multimeios – Experimentações para a Comunicação Visual-Sonora-Escrita-Corporal.
Para viabilizar a oficina no Comunidade, O Coletivo Camaradas realizou parcerias com a Universidade Regional do Cariri – URCA, através da Pró-reitoria de Extensão e o Projeto Nova Vida.

Ricardo Peixoto ministra oficina de "caixa mágica" na periferia do Crato

Coletivo Camaradas realiza parceria com artista de renome nacional para ministrar oficina na Comunidade do Gesso.

A comunidade do Gesso, na cidade do Crato receberá nos dias 13 e 14 o arte-educador, fotógrafo, jornalista, curador e produtor cultural, Ricardo Peixoto. O artista multimídia ministrará a oficina “Caixa Mágica” que abordará princípios da fotografia e proporcionará um exercício sensorial. A oficina será realizada no Projeto Nova Vida. Um dos fatores que motivou o artista foi interesse em conhecer a realidade da antiga zona de prostituição do Crato, o qual tomou conhecimento, através da Exposição Cabaré que foi realizada no Centro Cultural do BNB. Coincidentemente Peixoto realiza em João Pessoa, o Dia Internacional da Prostituta, juntamente com a Associação das Profissionais do Sexo da Paraíba.
Para Ricardo Peixoto que tem um trabalho ligado aos grupos excluídos e marginalizados “o artista não pode ficar fazendo arte pela arte”. Ele acredita que o artista pode e deve contribuir socialmente com o seu fazer artístico.
Peixoto é um dos fundadores do Grupo Traficantes de Imagens na década de 1990 na Paraíba. Fundador do Movimento Conspiração Cultural, curador do Museu da Imaginação. Tem participação em salões e festivais nacionais e internacionais, seu trabalho integra importantes acervos e coleções de museus, instituições, universidades, fundações e galerias do Brasil, Argentina, França e Áustria.
O artista também estará ministrando no Centro Cultural do Banco do Nordeste CCBNB Cariri, em Juazeiro do Norte a oficina: Laboratório de Multimeios – Experimentações para a Comunicação Visual-Sonora-Escrita-Corporal.
Para viabilizar a oficina no Comunidade, O Coletivo Camaradas realizou parcerias com a Universidade Regional do Cariri – URCA, através da Pró-reitoria de Extensão e o Projeto Nova Vida.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Suinos em Alta

SUINOS EM ALTA
Bairrismo, barrão, são palavras bem verdades de semias distintas, contudo há algo a que as locupletam?, se não vejamos; bairrista diz respeito segundo (Silveira Bueno 1996)” defensor dos interesses do ‘bairro’ ”, segundo o mesmo autor,barrão quer dizer porco novo,não castrado,varrão que denota ser vigoroso,viril, bem agora espírito de porco!!!,não entendo bem qual a relação ou pelo menos ela não se estabelece, para mim está alcunha cabe aquelas pessoas vis, que sentem prazer em promover a discórdia e torcem pela a derrocada dos planos alheios, enfim, um dos piores predicativos a ser dado a uma pessoa, quanto mais ao povo do “Bairro”.
A EXPOCRATO está para o Crato como o Padre Cícero para juazeiro do Norte. São riquezas , valores que atravessam gerações e por isso já fazem parte da cultura desses povos. Há!, Mais a EXPOCRATO continuará no Crato! Contudo esse não é o contra-argumento, pois, a exemplo de quando retiraram os restos mortais dos índio Tremembé em jaguaribara, retiraram dali não só o material inerte, retiraram os restos mortais de um local que representava as referências históricas, culturais e religiosas de um povo, sua identidade foi burlada.
Naquele picadeiro, por traz das baias dos cavalos e dos bois, temos sinestesicamente as lembranças do primeiro beijo, a primeira namorada e tantas outras lembranças que não só minhas, mais de um povo, da história desse povo. Desde o saudoso Pedro Felício que a área ociosa para o ginásio poli esportivo da URCA serve para a lucrosa atividade de estacionamento, já faz tanto tempo.... A URCA é de fato um outro grande patrimônio desse “bairro” conquistado a lágrimas e com muito suor, inclusive a do magnífico reitor atual. Se é necessário o crescimento da URCA é de fato indiscutível, nosso povo cresce e com eles suas expectativas, suas aspirações, seu conflitos, enfim, a dinâmica da própria sociedade exige a sintonia natural com os processos sociais que se estabelecem.
A URCA é de fato é da região é do Cariri, portanto, ela pode crescer sim, no próprio crato, há tantas áreas ociosas ou abandonadas do estado na região, como por exemplo as áreas próximas ao estádio Mirandão, no próprio Parque a julgar pela grandiosa área ociosa que faz limite com o bairro mutirão até a área nobre do Parque a dos shows, crescer para Barbalha, para juazeiro, para Missão Velha, verticalizar seus prédios, dêem recursos que a URCA crescerá e com ela o Ensino a Pesquisa e a Extensão.
Contudo não nos acoem, pois diferente dos escorpiões, segundo o folclore que suicida-se diante do fogo encurralador, partiremos para o embate na defesa de nossa identidade, de nossa cultura e por fim defenderemos o nosso bairro sim!! Com um espírito AGUERRIDO que nos é peculiar e não há de um PORCO.


Samuel Duarte Siebra
Professor e acadêmico Enfermagem-URCA

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Iniciado III Agosto da Arte


III Agosto da Arte do Centro Cultural do Banco do Nordeste na sua terceira edição deixar muitos questionamentos para os artistas contemporâneos do Cariri. 01 de agosto a 12 de setembro de 2009 (foto: Intervençao Urbana realizada no II Agosto da Arte por Mônica Batista e Alexandre Lucas)


O Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB), dentro da sua programação de Artes Visuais, realiza anualmente no mês de agosto, o evento especial III BNB AGOSTO DA ARTE nos CCBNBs-Fortaleza, Cariri e Sousa.

Com uma ampla programação, O III BNB AGOSTO DA ARTE afirma o compromisso cultural de contribuir no fomento à reflexão de temas relevantes da arte contemporânea, além de estimular o diálogo entre artistas, pesquisadores e a sociedade, criando um fértil fórum de debates.


O objetivo do AGOSTO DA ARTE é criar um ambiente propício para o fomento da produção local, aliado ao desejo de ver a arte como "o exercício experimental da liberdade".



São proposições de ações focadas no processo artístico que possibilitem a interação entre artistas de outras regiões e a formação do artista local através de ações diretas e indiretas, colocando assim a produção local em discussão, numa troca de experiências com curadores e artistas visitantes.



O Agosto da Arte se constitui em uma importante ação do CCBNB para a atualização do debate e a criação do espaço necessário para deflagrar o potencial poético de cada subjetividade. Com ações deste porte, o CCBNB se coloca com o desafio de atuar para uma mudança efetiva da plena realização da Arte que se produz na região Nordeste do Brasil.



Para a edição 2009, o III BNB Agosto da Arte contemplará uma série de eventos nos diversos segmentos das artes visuais: intervenções urbanas, exposições, performances, cursos, oficinas, intercâmbio entre artistas e seminário avançado de arte.





CCBNB-Fortaleza





SEMINÁRIO AVANÇADO DE ARTE

Percepções Contemporâneas da Cidade



1º dia



Arte Pública - Um Novo Mapa Simbólico da Cidade

Terça, 04 de agosto

Horário: 18h30 às 19h30

Apresentador: Paulo Knauss (RJ)



Professor do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense (UFF), onde integra o grupo de pesquisa do Laboratório de História Oral e Imagem. Diretor-Geral do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro. No campo da pesquisa, trata das relações entre Arte e Patrimônio, Memória e História. A escultura pública no Brasil é objeto da maior parte de seus trabalhos publicados, entre eles o livro sob sua coordenação "Cidade vaidosa: imagens urbanas do Rio de Janeiro".



O trabalho pretende discutir os sentidos da arte pública na atualidade, identificando os rumos da escultura contemporânea e do grafite urbano. Inicialmente, pretende-se demonstrar que a arte pública marca as cidades contemporâneas no Brasil. Em seguida, trata-se de apontar como o campo da arte pública contemporânea é marcado pela diversidade de expressões, caracterizando-se como um universo plural. Nesse sentido, no campo da escultura é possível reconhecer diversas soluções contemporâneas, variando entre soluções coloquiais e abstratas. Há também as manifestações de arte comunitária, além do grafite e da pichação, que chamam atenção nas cidades. Desse modo, a arte pública vem ocupando espaços diversificados da cidade, propondo um novo mapa simbólico da cidade. Ao final, trata-se de apontar como a arte pública na atualidade propõe percepções contemporâneas da cidade que valorizem olhares íntimos para descobrir a vida urbana.





O Corpo Ubíquo: da Presença do Corpo na Arte Atual

Terça, 04 de agosto

Horário: 19h30 às 20h30

Apresentador: Wellington Jr. (Integrante do grupo Balbucio) (CE)



Mesmo não sendo possível pensar qualquer fenômeno estético prescindindo da presença de um corpo - a arte trata-se sempre de um processo semiótico e, portanto, de uma consciência afetada, seja no polo da emissão ou da recepção -, é necessário averiguar o novo lugar do corpo (tema, suporte, matéria...) nas artes a partir das transformações ocorridas, desde o final do século XIX, nos mais diversos campos da vida humana, seja na ciência (medicina, psicanálise, antropologia), na filosofia, mas especialmente no que tange às novas sensibilidades aí implicadas. Neste sentido, o desenvolvimento da performance no campo da arte durante todo o século XX e seu recrudescimento na prímeira década deste século mostram-se como o objeto natural de uma leitura crítico-analítica da presença do corpo na arte atual.





2º dia



Novas Estruturas para Criadores Emergentes

Quarta, 05 de agosto

Horário: 18h30 às 19h30

Apresentador: Casa da Xiclet Galeria (SP)



São Paulo se identifica hoje como o principal circuito das artes no Brasil. A cidade comporta grandes exposições nacionais e internacionais, além de sediar as maiores e melhores Galerias do País. Contudo, estes circuitos culturais e as estruturas disponíveis estão, ainda, longe de conseguir dar uma resposta totalmente eficaz aos elevados níveis de produção criativa que emergem. Em larga medida, esta realidade deve-se à excessiva dependência do suporte financeiro estatal e à quase inexistência de um sistema de patrocínios. Decorre desta constatação a necessidade de conceber uma nova bolsa de ar fresco, ao nível de investimento, que renove a realidade da criação contemporânea brasileira. As soluções para este problema podem passar pela concepção de novos modelos e novas estruturas capazes de estabelecer desafios inovadores e contribuir para uma maior profissionalização dos criadores emergentes, que se confrontam com a falta de espaços expositivos.



CASA DA XICLET

A Casa da Xiclet há quase oito anos se assume como agente cultural ativo e independente, cujo objetivo é contribuir para sanar a óbvia carência de espaços expositivos para criadores emergentes. A intenção é fornecer alternativas de difusão, contribuindo para a formação de uma nova geração de artistas, atuando também como uma espécie de laboratório.





Possibilidades Poéticas de Atuação

Quarta, 05 de agosto

Horário: 19h30 às 20h30

Apresentador: O Acidum (CE)



Na estética errática dos ambientes reconhecidos como "Metrópoles", surgem as pesquisas com pinturas murais, desenho, design, vídeo e sons, que se alimentam das manifestações e codificações tanto gráficas como relacionadas às massas. Em tentativas de subverter a suposta beleza midiática, estratégias da arte de rua - como grafite, cartazes e stickers - são apropriadas, recodificando a poluição visual e informativa gerada dos resultados dessas relações.



O Acidum baseia fundamentalmente seu fazer artístico em estruturas acessíveis ou inabitadas, subvertendo as noções de espaços reconhecidos como áreas estéreis, tanto no âmbito museológico como no baldio. Nestes espaços, o Grupo tenciona alcançar possibilidades poéticas de atuação, seja pela arquitetura, seja explorando o próprio peso simbólico que tais lugares carregam em seus campos de visualização e trânsito, e criando microuniversos que exercitam uma intrínseca relação entre obra-espaço-observador.

Nestes processos, constrói-se um trabalho que busca, de pura consciência, manipular as características simbólicas e representativas que as técnicas utilizadas carregam em si.

Assim, o grupo Acidum, entre um repertório de seres absurdos, desenvolve jogos referenciais, propagandas insanas, lendas urbanas, grafias desordenadas e cenários entorpecedores, desdobrados a partir de um processo ritual de criação e produção.



O ACIDUM

É um coletivo que tem como linha geral de trabalho a adaptação de seu processo artístico aos ambientes escolhidos, desenvolvendo um trabalho que explora, experimenta e se processa a partir do caos das paisagens e relações urbanas, choques e trânsitos culturais diversos.





Arte Pública - Uma Estética Participativa

Quarta, 05 de agosto

Horário: 20h30 às 21h30

Apresentador: Herbert Rolim (CE)



Artista plástico premiado, com obras em acervos e participações em exposições individuais e coletivas no Brasil e exterior. Professor do Curso de Licenciatura em Artes Visuais do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFET-CE), mestre em Literatura pela Universidade Federal do Ceará e doutorando em Arte/Educação pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Autor do livro "Arte Anfíbia: o Caso Otacílio de Azevedo", onde teoriza a origem, a formação e as articulações processuais da obra de arte de natureza anfíbia, em que expressões verbais e visuais se intra e inter-relacionam.


Herbert Rolim discorrerá sobre Arte Pública, como a entendemos hoje, levando em conta o contexto histórico, sociopolítico e cultural dos espaços de intervenção urbana, sob a perspectiva de uma estética participativa de aproximação entre arte e vida. Sua fala focará a experiência Praça/Casa proposta pelo Grupo Meio Fio de Pesquisa e Ação como prática reflexiva urbana.





3º dia



A Rua como Suporte

Quinta, 06 de agosto

Horário: 18h30 às 19h30

Apresentador: Márcio Almeida (PE)



Márcio Almeida é artista com obras na Pinacoteca de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) e Museu Santa Catarina. Participou da Documenta 12 - Kassel, na Alemanha, e da Bienal de Valencia, na Espanha, em 2007. Também é gestor cultural e coordenador da Semana Pernambucana de Artes (SPA), evento que envolve debates e intervenções urbanas na cidade de Recife (PE).



Durante a década de 1970, mesmo sobre o olhar sombrio da ditadura, o Recife viveu um momento importante no circuito das artes visuais, especialmente no que diz respeito à arte conceitual e ao experimentalismo. Durante esse período, dois artistas foram de fundamental importância para a formação de outros artistas e coletivos que viriam a surgir na cidade na década seguinte. Paulo Bruscky e Daniel Santiago realizaram ações, mostras, performances, festivais e possibilitaram a vinda, para a cidade, de artistas e obras importantes da vanguarda da arte nacional e internacional, como Christo, Regina Vater, Hélio Oiticica e José Roberto Aguilar, entre outros.



No início dos anos 1980, surgiram vários agrupamentos de artistas, sendo os primeiros "As Brigadas", que buscavam uma participação efetiva no campo político da cidade. Realizaram inovadoras formas de propaganda política eleitoral, driblando a censura (Lei Falcão) estabelecida a tais propagandas. Esses encontros estimularam o surgimento de vários grupos e coletivos de jovens artistas que passariam a utilizar as ruas como suporte para suas produções, dessa vez com práticas mais conceituais. Essa aproximAÇÃO foi fundamental na reestruturação do circuito local de artes visuais, ampliando as fronteiras da produção e da experimentação.





A Cidade como Espaço para a Arte

Quinta, 06 de agosto

Horário: 19h30 às 20h30

Apresentador: O Poro (MG)



O Poro é uma dupla de artistas formada por Brígida Campbell e Marcelo Terça-Nada!, que atua desde 2002 realizando ações poéticas, irônicas e/ou de cunho político. Através da realização de intervenções urbanas e ações efêmeras, o Poro procura levantar questões sobre os problemas das cidades e busca uma ocupação poética dos espaços. Seus trabalhos buscam apontar sutilezas, criar imagens poéticas, trazer à tona aspectos da cidade que se tornam invisíveis pela vida acelerada nos grandes centros urbanos - além de refletir sobre as possibilidades de relação entre os trabalhos em espaços públicos e os espaços institucionais, lançar mão de meios de comunicação popular para realizar trabalhos, reivindicar a cidade como espaço para a arte. Além do Brasil, o Poro realizou intervenções e participou de eventos, exposições e debates em outros países, como: Índia, Espanha, Holanda, Eslovênia e Áustria. Veja mais no site: www.poro.redezero.org .





Panorama da Arte em Espaços Independentes

Quinta, 06 de agosto

Horário: 20h30 às 21h30

Apresentadores: Lucas Ribeiro-RS e Ana Ferraz-RS (NOZ.ART)



Lucas Ribeiro, 30 anos, é jornalista, formado pela Unisinos (RS) e por quatro anos foi editor e redator da revista eletrônica de skate e cultura urbana Qix News, até 2007 funcionando como um dos maiores portais de informação desse segmento no mundo. Lucas também é conhecido pelo seu trabalho no vídeo Skatismo, do qual é sócio-fundador. Esse vídeo de skate de distribuição gratuita foi inovador pelo fato de abranger mais do que manobras, incluindo arte urbana e música independente como diferenciais em suas edições. Como sócio-fundador da Galeria Adesivo, espaço de arte que existiu de 2003 a 2009, em Porto Alegre, Lucas trabalhou na produção e curadoria de mais de 25 exposições com artistas nacionais e internacionais.


Ana Ferraz, 25 anos, é publicitária, formada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), com passagens pelos cursos de jornalismo, ciências sociais e artes visuais. Trabalhou por três anos e meio em agências de Porto Alegre, fazendo direção de arte para clientes como Lojas Renner, Fundação Getúlio Vargas, Pepsi e Tubozan, entre outros. Ana também desenvolve um trabalho paralelo de ilustração, chamado iwannagoaway, que inclui ilustrações editoriais e de produtos.



Grande parte das expressões visuais ligadas a subculturas urbanas como punk, hip hop, graffiti e skate surgiram e se refinaram em um universo paralelo ao da arte institucionalizada - essa arte que é perpetuada pelo meio acadêmico, grandes museus, galerias, casas de leilões e todo um mercado específico. No cenário alternativo surgiram galerias de arte, publicações especializadas e outras vias de sustento econômico para os artistas, diferente da venda de obras, como o trabalho em conjunto com marcas que lançam tênis, pranchas de skate e camisetas com suas artes, entre outros produtos. Agora, vários artistas com essas raízes no underground - boa parte deles autodidatas - estão entrando ou sendo absorvidos por grandes galerias do circuito comercial, enquanto, por outro lado, galerias alternativas passam a suprir grandes colecionadores de arte. Esses dois universos, underground e mainstream, antes paralelos, agora interagem e transformam um ao outro. Um exemplo sintomático do que está acontecendo no mundo pôde ser visto recentemente na fachada da notória Fundação Cartier, em Paris, que recebeu a intervenção da artista brasileira mais "cara" da atualidade, Beatriz Milhazes. Pouco depois, em outra exposição, a mesma Fundação foi oficialmente pichada pelo pichador paulista Cripta. O fenômeno é global, mas o Brasil tem uma participação muito particular que ainda é pouco entendida dentro e fora do país, apesar do sucesso internacional de artistas como OS GÊMEOS, Herbert Baglione e Bruno 9li. No III BNB Agosto da Arte o curador/galerista/jornalista Lucas Ribeiro e a publicitária/produtora/jornalista Ana Ferraz, sócios do estúdio criativo NOZ.ART, de Porto Alegre (RS), vão aprofundar a percepção sobre esse panorama através das suas experiências, tanto com a produção de exposições de arte em espaços independentes, quanto pela documentação desse cenário vibrante para veículos de comunicação nacionais e estrangeiros.





4º dia



Leitura de Portfólios de Artistas

Sexta, 07 de agosto

Horário: 15h às 18h

Apresentadores: Lucas Ribeiro-RS e Ana Ferraz-RS (NOZ.ART)



O NOZ.ART é uma empresa situada em Porto Alegre, criada por Lucas Ribeiro e Ana Ferraz, e que tem como principal foco o desenvolvimento e a fomentação de novos talentos nas artes, especialmente de artistas ligados a diferentes subculturas, como quadrinhos independentes, skate, punk e toda a estética do "faça-você-mesmo".





AÇÕES URBANAS



Des-Invisível - Intervenção Visual

Grupo: Laboratório de Arte Pública - LST (Alisson Carreira, David da Paz, Geovani Calixto e Renato Soares-CE).

Terça, dia 04 de Agosto

Horário: 09h

Local: Esquina da Rua Assunção com Duque de Caxias.



Os projetos propostos e executados pelo Laboratório de Arte Pública - LST sempre se relacionam com a sociedade e estão diretamente influenciados pela realidade que rodeia o ambiente imediato. Como é o caso de "Des-Invisível", que se trata de um projeto de intervenção artística e educativa no espaço público urbano. O projeto reflete, de alguma maneira, esta realidade e se vale da fotografia, do design gráfico e da colagem para interferir nos espaços da vida.



"Des-Invisível" analisa e denuncia de maneira provocativa a atual situação de crianças e adolescentes que são obrigados a passar os dias nas ruas mendigando, vendendo bombons e, às vezes, vendendo o corpo, para gerar alguma renda para si e para a família.



A idéia é fotografar estas crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e pessoal, depois interferir nas fotografias, criando silhuetas destas crianças e adolescentes, para, logo em seguida, colar estas imagens (em grande escala:140 cm x 90 cm) no mesmo espaço em que as fotografias foram feitas (em ponto próximo ao CCBNB).





Homo Consumibilis - Performance

Coletivo Curto-Circuito (Airton Lima, David da Paz e Naiana Cabral-CE).

Produção Executiva: Escola de Bens Imateriais.

Quarta, dia 05 de agosto

Horário: 10h10

Local: Centro da Cidade de Fortaleza.



Uma performance que trata da crise do sujeito contemporâneo imerso em "áreas exclusivas para orgias de consumo" (centro comercial da cidade de Fortaleza). Áreas em expansão, cidade-mundo, cidade-shopping, cidade-oferta de mercadorias que se abate qual avalanche sobre os sujeitos, impedindo-os de se saberem como sujeitos.



Três performers e três videomakers em três situ-ações iguais lançadas em três direções diferentes que partem de um mesmo local (Praça do BNB) e derivam pelo centro da cidade de Fortaleza por aproximadamente uma hora, para em seguida voltar ao mesmo local de partida, encerrando assim a performance.



Trata-se de uma intervenção-obra-experiência móvel, visual, imediata, pontual e efêmera que propõe interferir no cotidiano de maneira sutil e intimista. Na performance HOMO CONSUMIBILIS, os performers atravessam um mar de produtos (centro comercial de Fortaleza), carregando entre os dentes vários cartões de credito.



Neste mar de produtos, nesta tirania oral, o HOMO CONSUMIBILIS não encontra o que deseja, mas deseja tudo o que encontra.





Peleja Glossolálica

Grupo Balbucio (CE)

Quarta, dia 05 de agosto

Horário: 18h30



Num espaço aberto, como um pátio, é projetada a imagem da soprano portuguesa Isabel Nogueira, cuja imagem, do Aveiro (Portugal), chega via net e com a qual se estabelece, em tempo real (20 minutos), uma peleja glossolálica: emitimos, ela e o Grupo Balbucio, pulsos glossolálicos que devem ser repetidos por um e por outro alternadamente. Inspirada nos aboios do sertão nordestino, nos cânticos berberes, na ação performática de cantadores, repentistas e vendedores ambulantes das feiras, a ação investiga a incorporação da tradição oral na performance em meios digitais.





DESlocAÇÕES

Grupo Intervenções Humanas (CE)

Quinta, dia: 06 de agosto

Horário: 12h às 14h

Local: Praça Murilo Borges (CCBNB)



A intervenção pretende trabalhar elementos do cotidiano, com a proposta simples do deslocamento, providenciar novas formas de interação entre a praça, o outro e a imagem - seja esta imagem projetada nesse novo espaço fenomênico, seja ela imagem-memória, com seu significados correlativos decorrentes de sua narrativa própria. E nessa dinâmica, espaço, imagem e objeto (suporte) promovem e implicam novas formas de uso e pensamento da praça.



Tendo como ponto de partida o deslocamento, a intervenção constitui-se da montagem de dois aparelhos de TV na praça Murilo Borges. Nelas serão exibidos os vídeos "Fortaleza Século XX" e "Fortaleza Século XX anos 1960". Numa dupla jornada estaremos nos remetendo às antigas exibições em praças públicas. E na própria imagem exibida, vivenciaremos a nostalgia e o espaço público que se transforma e não existe mais.



Nesse jogo, o próprio banco da praça ganha novas características, proporcionando encontro de discussão e convivência.



O grupo Intervenções Humanas, formado do curso de audiovisual Pontos de Cortes da Vila das Artes, está há mais de um ano proporcionando novas formas de se pensar a projeção, tendo o cuidado de se pensar o local projetado e sua ligação com a imagem projetada. Já realizou trabalhos de promoção de oficinas de artes plásticas e audiovisual, e também realizou o evento Curta Filosofia, em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC).



Mais no: http://intervencao-humanas.spaces.live.com/





"Qual o Lugar da Arte?" e "Sua Arte tem Algum Lugar?"

DIPLODOCUS (Lilia Moema e Renato Soares-CE)

Período: 04 e 05 de agosto

Horário: 12h às 21h

Local: Praça Murilo Borges (CCBNB)



Projeção à noite na fachada do prédio do BNB. O vídeo a ser exibido é uma compilação das imagens colhidas a partir de entrevistas realizadas com artistas de rua que não têm conhecimento sobre o circuito da arte, lançando-lhes duas perguntas: "Qual o lugar da arte?" e "Sua arte tem algum lugar?".



O DIPLODOCUS, formado em 2008 para criar e executar performances político-interventivas na área das artes visuais e audiovisuais, vem elaborando vídeos que tem como foco principal a discussão da cidade e de sua ocupação.





Faixas de Antissinalização

O PORO (MG)

Terça, 04 de agosto

Local: centro de Fortaleza, próximo ao CCBNB



O Poro vai instalar faixas de antissinalização em locais públicos de Fortaleza. Panfletos, faixas, cartazes colados em muros. Estratégias que normalmente são usadas para estimular o consumo são experimentadas e recriadas pelo Poro como formatos de intervenção em espaço público e como possibilidades de circulação e difusão de trabalhos.





Projeto Cortejo

ACIDUM

Quarta, 05 de agosto

Horário: 12h

Local: Entorno do CCBNB



O Grupo Acidum realizará uma intervenção que consiste na pintura de silhuetas de anjos caídos pelas calçadas, seguindo um caminho em cortejo pelas ruas do entorno do BNB, que levará até à entrada do Centro Cultural.





"Cabeças Esquentaram" (o suporte da arte e o suportar da realidade)

Grafitecidade

Quinta, 06 de agosto

Horário: 09h

Local: Esquina da av. 13 de maio com av. da Universidade



A partir da elaboração de um painel produzido com as técnicas de spray, látex e lambe-lambe, será realizada uma intervenção na própria parede com pedaços de madeiras e tecidos. O grupo Grafitecidade buscará refletir sobre os espaços de manifestações da arte, que podem ser tomados amplamente como a própria cidade. Refletirá também sobre qual o papel da arte na canalização da complexidade da vida contemporânea na situação-limite que muitas pessoas vivenciam hoje, por razões de condicionamentos de deveres diários, impostos pela dinâmica em que a cidade se encontra, e do caos provocado a partir daí.





ARTE EM PROCESSO



A produção de arte contemporânea tem nos últimos anos se caracterizada por uma imensa variedade de técnicas, estratégias, procedimentos e discursos. Pensar a arte hoje passa a ser a reflexão sobre suas tangentes e contaminações com outros campos do conhecimento, com o mundo e com a vida.



O objetivo do projeto "arte em processo" é proporcionar ao artista a possibilidade de experimentar, no espaço expositivo do Centro Cultural Banco do Nordeste, a elaboração de trabalhos em construção, ao contrário da obra finalizada ou idealizada. O que se apresenta é a pesquisa em desenvolvimento, aberta à intervenção do acaso, sem o amparo da lógica da certeza. Para o público, o projeto tem o objetivo de proporcionar a possibilidade de acompanhar o processo de elaboração e construção da obra em desenvolvimento do artista.



O projeto deverá ser desenvolvido pelo artista convidado e acompanhado por um curador, crítico e/ou jornalista que, em conjunto com o artista, apresentarão um relato através de textos, fotos e desenhos.



A Imagem do Outro Olhar

Abertura da exposição: terça, dia 18 de agosto

Horário: 19h

Encontro com os artistas, curador e narrador: quarta, dia 19 de agosto

Horário: 19h

Artistas: Rodrigo Braga (PE) e Marina de Botas (CE)

Narrador: o escritor e pesquisador Eduardo Jorge (CE)

Coordenação e curadoria: Bitu Cassundé



A Imagem do outro olhar conecta diálogos na produção de arte contemporânea nordestina. Na sua primeira edição, contou com a participação da artista mineira Rosangela Rennó, que conheceu e dialogou com a Região do Cariri (CE) através da linguagem do retrato pintado. Esta segunda edição, dentro do projeto Arte em Processo, propicia o encontro de dois jovens artistas nordestinos, Rodrigo Braga (PE) e Marina de Botas (CE). O processo desses "possíveis diálogos" será acompanhado por um profissional de outra linguagem (Literatura), o escritor e pesquisador Eduardo Jorge (CE), assim como do crítico de arte Bitu Cassundé. Essa ''pequisa/processo'' será iniciada em agosto de 2009 dentro da programação do III BNB Agosto da Arte, e finalizado em 2010 com uma mostra resultante do acompanhamento dos olhares da literatura e da crítica de arte, no Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza, no Museu Murillo La Greca, em Recife.





Ambulantes em Espaços Vagos

Período: 01 a 28 de agosto, Térreo

Artistas: Breno Silva (MG) e Louise Ganz (MG)

Curadoria: Marisa Flórido



A exposição é uma expansão do trabalho *Lotes Vagos : Ocupações Experimentais*. Tratam-se de equipamentos para o uso de espaços vagos em qualquer cidade. Kits para banho, kits para manicures, kits para bailes, kits para hortas e outros. Todos conformando um lugar e uma função, adaptáveis em diversos espaços como a rua, a praia, o terreno baldio, as árvores de rua, os postes, as praças etc.





Sobrepostas, Permeáveis e Intercambiáveis

Período: 01 a 12 de agosto, 2° andar

Artista: Vitor César (CE)

Curadoria: Jorge Menna Barreto (SP)



A exposição se organiza como um lugar para a investigação sobre a criação de espaços públicos em práticas artísticas. Sua configuração procura não ser a de uma exposição tradicional baseada em padrões modernos de espacialização, onde o artista expõe o resultado de um processo organizado em seu estúdio. Ele será uma situação temporária, que comporta diferentes fluxos, permite-se abrigar experiências não-planejadas e procura pensar novas formas de apresentação de procedimentos artísticos.





PAPO XXI



Paredes Pinturas no Jardim Santo André

Mônica Nador (SP)

Terça, 11 agosto

Horário: 19h



Desde 1998, Mônica Nador tem trabalhado em comunidades onde desenvolve oficinas de criação de estênceis e sua aplicação em paredes. Muitas vezes, pintando grupos de casas em vários pontos do país, e até mesmo em Tijuana, no México. Fundou o projeto Jamac, Jardim Miriam Arte Clube, na intenção de pintar todo o bairro paulistano (Jardim Miriam).



Este projeto coordenado por Mônica Nador levanta questões que remetem ao significado da origem da arte, quando ainda não havia ainda a separação entre arte e sociedade, arte e religião, produtor e obra. O Jamac é uma realização que expressa um desejo de retorno à unidade perdida que, paradoxalmente, é reivindicada numa época de individualismo crescente, mas também de valorização do hibridismo e da heterogeneidade.





ESCOLA DE CULTURA



ENCONTRO COM PROFESSORES



Linguagens, estratégias e abordagens das obras de arte e objetos culturais baseadas na idéia de hipertexto - questões pedagógicas

Sábado, dia 22 de agosto

Horário: 10 às 13h e das 14h às 17h

Professora: Vera Barros (SP)



Apresentação das inúmeras possibilidades de conexões com outras áreas do conhecimento, de diversos tempos, manifestações sociopolíticas e fatos atuais. Quanto mais relações possam ser estabelecidas entre obras de arte e objetos culturais com outras coisas do mundo, mais interessantes elas (as obras de arte) se tornarão.



As pessoas aprendem uns dos outros e de várias fontes diferentes, com autonomia. Proporcionar o embate e choque com o novo, sem intermediações. E um dos aspectos mais importantes: todas as formas de conhecimento são legítimas. A base é um Caderno Educativo (ou texto-base), paradoxalmente escrito também como um hipertexto.



A vivência no espaço expositivo também se dá como um hipertexto. O papel do educador passa a ser mais sofisticado, ao fazer uma "alta costura" entre as apreciações dos alunos e/ou visitantes, sobre questões estéticas, históricas e filosóficas, entre outras. O educador não mais atua como protagonista. Os protagonistas são as pessoas que visitam as exposições. E o mais importante, sem o uso do computador.







CCBNB-Cariri





AÇÕES URBANAS



Projeto Jamac - Jardim Miriam Arte Clube

Período: de 25 a 29 de agosto

Reunião no dia 25, ter, 14h

Paulo Meira (SP) e artistas locais do Cariri

Paulo Meira, paulistano, 24 anos formado em Artes Gráficas, trabalha com design, ilustração e graffiti. Ingressou no Jamac - Jardim Miriam Arte Clube, em 2004. Trabalha com arte urbana e representou o Jamac em alguns lugares no Brasil e fora do país. Seus trabalhos pessoais atualmente são intervenções urbanas, trabalhando os temas da cidade em séries de estêncil.



Doze anos atrás, a pintora Mônica Nador, paulista de Ribeirão Preto, mudou radicalmente sua forma de tratar a arte. Evoluiu do apego pelas obras em si, para o sonho e a vontade de transformar a cidade numa espécie de grande tela. Regiões carentes tornaram-se seu endereço de trabalho e ela passou a pintar casas com a ajuda dos moradores. Instalada desde 2004 no Jardim Miriam, bairro da Zona Sul de São Paulo, criou, ao lado de outros artistas, o Jamac, sigla para Jardim Miriam Arte Clube.



Desde 1998, o Jamac vem trabalhando em comunidades desenvolvendo oficinas de criação de estênceis e sua aplicação em paredes. Muitas vezes, pintando grupos de casas em vários pontos do país e até mesmo em Tijuana, no México. A ideia é realizar trabalho semelhante junto com os artistas e a comunidade local de Juazeiro do Norte (CE).





O BICHO André de Andrade (Juazeiro do Norte - CE)

Quarta, 12 de agosto

Horário: 11 às 18h



Performance dramática do poema "O Bicho", de Manoel Bandeira, realizada nos restaurantes e comedorias da cidade de Juazeiro do Note, provocando uma reflexão ante ao momento em que as pessoas estão se alimentando, enquanto outras se encontram na sarjeta, procurando, no lixo, alimento para sua sobrevivência.



COSMOCONSUMO

Artista: Joseph Olegário

Quarta, 12 de agosto

Horário: 15h



Querer é poder? Absolvidos pela vontade e desejo através da posição de querer sempre e buscar o tempo todo. Dentro desse contexto a obra vem contradizer o que se quer, colocando o espectador no ponto da discussão do ter e não ter, satisfazer ou não.





Encontro de DERLON e a gravura do Cariri

Período, 18 a 22 de agosto



Nas ruas de Recife, assim como na galeria, Derlon insere imagens criadas a partir da gravura popular. Pássaros, sereias e dragões são alguns dos seres que reinventa e lança nos muros da cidade e em construções abandonadas. Estas figuras, ora pintadas sobre parede ora pintadas diretamente na parede ora pintadas sobre papel, são recombinadas pelo artista em diferentes configurações, aproximando-o do universo da gravura do Cariri.





OFICINA DE FORMAÇÃO ARTÍSTICA



Laboratório de Multimeios - Experimentações para a Comunicação Visual-Sonora-Escrita-Corporal

Período: 11 a 15 de agosto

Horário: 18h às 21h

Professor: Ricardo Peixoto (PB)

Ricardo Peixoto é artista multimídia, arte-educador, jornalista, fotógrafo, curador e produtor cultural. Um dos fundadores do Grupo Traficante de Imagens na década de 1990 em João Pessoa (PB). Fundador do Movimento Conspiração Cultural (2004/2009), curador do Museu da Imaginação (1989-2009). Com participação em salões e festivais nacionais e internacionais, seu trabalho integra importantes acervos e coleções de museus, instituições, universidades, fundações e galerias do Brasil, Argentina, França e Áustria.



Expansão no processo de criação do indivíduo, utilizando a linguagem das mídias contemporâneas como forma de conhecimento da expressão artística. Informações, conceitos, questionamentos e atitudes direcionados ao estudo da arte.



Através de exercícios sensoriais, amplia-se o contato direto com as sensações e emoções das pessoas, e fortalece-se a troca livre da informação.



No laboratório de multimeios as linguagens visual, escrita, sonora e corporal surgem com a proposta de construir, experimentar novas possibilidades de expressão. São ações criativas e inusitadas que provocam inquietações, fazem pensar, projetam o coletivo consciente-inconsciente e interferem no espaço urbano-humano-social criando um diálogo com o eu-público.





EXPOSIÇÃO



Vestidas de Branco

Período: 01 a 29 de agosto, 5º andar

Artista: Nelson Leirner (SP)

Curadoria: Moacir dos Anjos (PE)



O tema da exposição Vestidas de Branco trata da visão singular que o artista Nelson Leirner lança ao mundo. Olhar que é ao mesmo tempo amoroso e crítico. O humor é que predomina nas criações do artista e é ele quem as faz originais e potentes. Pode-se dizer que o artista cria 'brincadeiras' que atingem e ativam a consciência do público, levando-o a refletir sobre os modos de convivência com seus semelhantes.





CURSO DE APRECIAÇÃO DE ARTE



Aproximações da Escrita da Arte

Professora: Cristiana Tejo (PE)

Período: 02 a 05 de setembro

Horário: 15h às 18h

Inscrições: de 01 a 15 de agosto, por meio de carta de intenção e currículo

Público alvo: estudantes e professores de artes visuais, artes cênicas, filosofia, história, arte-educação, sociologia, literatura, letras e jornalismo.



Com o objetivo de voltar-se às demandas mais urgentes para o aprimoramento e a democratização do ensino, o CCBNB e a Fundação Joaquim Nabuco iniciam uma parceria de formação em artes visuais para a região do Cariri com o curso "Aproximações da Escrita da Arte". O curso pretende aproximar as artes visuais com outros campos do conhecimento por meio da participação de alunos, professores e pesquisadores de História, Filosofia, Artes Cênicas, Sociologia, Literatura e Jornalismo. O curso pretende ser um exercício de narrativas sobre os processos artísticos contemporâneos.





CCBNB-Sousa





OFICINA DE FORMAÇÃO ARTÍSTICA



Fanzine

Período: 19 a 26 de Agosto, às 18h

Horário: 18h

Profº. Fernanda Meireles (CE)



Fernanda Meireles é professora e fanzineira graduada em Letras e especialista em Arte-Educação. Há mais de 10 anos, ela pesquisa, produz e trabalha com fanzines através de oficinas nos mais diversos formatos. Escritora e artista visual cuja base do trabalho é a palavra em objetos portáteis feitos para estabelecer vínculos entre as pessoas, é diretora da ONG Zinco - Centro de Estudo, Pesquisa e Produção em Mídia Alternativa e trabalha atualmente no Centro Cultural Bom Jardim, em Fortaleza.

O fanzine (ou zine) é um objeto misto de obra de arte e veículo de comunicação. Quem cria um zine decide tudo: tema, tom, formato, linguagem visual, se será formal ou informal, público, se vai ter utilidade pública e qual é a forma de reprodução e distribuição. Zines correm por fora do circuito oficial e, no entanto, muitas vezes são fundamentais para a formação das bases de um olhar e de uma prática artística individual que continuamente estará em transformação. Também é através dos zines que redes de colaboração criativa, comunicação e estudo autodidata se formam. Quantos artistas (de diversas áreas) não passaram pela experiência de brincar com a máquina de xerox com experimentações e/ou multiplicação de suas obras ainda em estado de maturação? Através desta oficina com artistas, arte-educadores e interessados, mergulharemos no mundo dos fanzines através do contato direto, de discussões e da produção coletiva de dois fanzines.





AÇÕES URBANAS



Lotes Vagos - Ação Coletiva de Ocupação Urbana

Breno Silva (MG), Louise Ganz (MG) e artistas locais

Período: 11 a 15 de Agosto

Reunião no dia 11, às 14h



Proposta de reconfiguração do espaço urbano, a partir de vários usos que pode ser dado a esses espaços. Desestabiliza as noções de propriedade privada e possibilita ao público participar da produção do espaço da cidade de modo ativo. Instiga nas pessoas o desejo de realizar experiências autônomas diversas. Deixa evidente o caráter sociopolítico da proposta, numa microescala, haja vista que as pessoas passam a pensar e agir na cidade de outras maneiras, enxergando as várias possibilidades de transformações dos espaços onde habitam.





EXPOSIÇÃO



"Re-mix" de Peças Erradas. Bando.

Abertura: 08 de agosto, às 19h

Período da exposição: 08 de agosto a 12 de setembro de 2009

Artistas: Carol Landim, G., Jânio Tavares, Dinho, Maria Dias e Orlando Pereira (Juazeiro do Norte-CE)



Arte na rua, de rua, das ruas para a galeria. Relações (de poder) entre espaços / arte / artistas / público (transeunte). Diálogo-relações entre os vários elementos constitutivos do "acontecimento" artístico.



Histórias de Pescador

Abertura: 08 de agosto, às 19h

Período da exposição: 08 de agosto a 12 de setembro de 2009

Artista: Lilia Tandaya (PB)

Curadoria: Ricardo Peixoto (PB)



Fotografias de Lilia Tandaya que apresentam um olhar sobre a atividade dos pescadores em alguns estados do Brasil, abordando não só aspectos documentais como também interpretações artísticas, provocadas com manipulação digital da saturação de cores, contraste, luminosidade, intensidades e formas.

sábado, 1 de agosto de 2009

Maracatu do Cariri participa de evento em São Paulo


A banda Sol na Macambira procura apoio para participar de evento em São Paulo. O Maracatu é o único do interior do Estado do Ceará e é desenvolvido dentro de entidade beneficente em Juazeiro do Norte.


A região do Cariri se destaca pela sua diversidade musical e vários artistas e grupos vem ganhando espaço no cenário nacional. O Maracatu Sol na Macambira, é o único grupo que trabalha com essa tipologia de música na região e participará agora no mês de agosto do Projeto “Viola, Causos e Crendices” na cidade de Votorantim, no Estado de São Paulo e fará apresentação também no Sesc de Sorocaba. O Maracatu Sol na Macambira é o único grupo musical do Estado que participará deste evento. Para o músico Jean Alex, coordenador do grupo e integrante do Coletivo Camaradas, esse evento demonstra o quanto a música produzida no interior do Ceará vem ganhando espaço no cenário nacional, além de confirmar a qualidade técnica da produção local.

Jean enfatiza que um dos principais desafios é conseguir apoio financeiro para garantir a participação de todos os integrantes do Maracatu no evento. Atualmente é composto por sete integrantes e mais duas pessoas na produção.
Os integrantes da banda participam e receberam influência direta da Orquestra Sesc de Rabeca Cego Oliveira, uma experiência pioneira desenvolvida pela instituição que tem a coordenação do artista, artesão e músico Francisco di Freitas Filho.


Violas, Causos e Crendices no cenário paulistano

Projeto Violas Causos e Crendices entreter, informar e preservar a rica tradição oral são características atribuídas às manifestações populares, como o ato de contar histórias, causos, contos de fadas e as famosas modas de violas. É acreditando no importante papel dessas narrativas que o Projeto “Violas, Causos e Crendices” preparou para este ano um calendário repleto de novidades.
Durante seis anos, pisaram no palco do projeto artistas de reconhecimento nacional e internacional, imbuídos na causa da preservação e reavivamento da literatura oral do nosso povo e da nossa terra.
Este ano de 2009, com o patrocínio da Votorantim Cimentos e Instituto Votorantim, por meio da Lei Rouanet do ministério da cultura, promoção da Prefeitura Municipal de Votorantim, apoio cultural do Instituto Conta Brasil, Nova Tropical FM e Grupo São João, realizaremos oito edições do Projeto, que traz novidades para toda a comunidade de Votorantim.
Os trinta e dois convidados a participar do projeto tecerão durante todo o ano um painel representativo das maiores e mais tradicionais manifestações populares. As atividades se desenvolverão nos bairros da cidade -‘Histórias na Calçada’ e atendendo jovens alunos do ensino médio da escola pública - ‘Histórias pras Escolas’. Celebrando a literatura oral como instrumento de educação, entretenimento e preservação da rica cultura do nosso povo e da nossa terra o espetáculo aberto ao público ‘Violas, Causos e Crendices’ encerra as atividades do mês. Todos os eventos têm entrada franca.
Temos um encontro marcado todo mês (dá uma espiadinha no calendário). Apareça para uma visita, um dedinho de prosa, um cafezinho... Chegue que a casa é sua.



Maracatu do Cariri é Sol na Macambira


A banda Sol na Macambira, único maracatu do interior do Estado do Ceará, nasceu no ano de 2005, na cidade de Juazeiro do Norte na região do Cariri-Ce, terra onde bebeu da fonte de suas inspirações musicais, por este a banda Sol na Macambira traz em suas canções toda a mistura da música nordestina, hora em um clima de essência Armorial e logo em seguida com o mais forte sotaque cabaçal. Além de estar fincada nas raízes carirenses a banda tem um propósito mais amplo musicalmente, esta faz de suas canções um instrumento de estudo, divulgação e critica à exploração do homem do sertão, por tal motivo não leva nas malas apenas o carimbo e o nome “Cariri”, e sim, a história de seu povo, suas crenças e toda a garra dessa gente.
Encharcado de regionalidade, esta por sua vez brinca de reisado, canta cirandas, recita poemas, conta histórias de seus antepassados e ainda trata de temas corriqueiros e atuais, muitas vezes abordados de maneira cômica e em outras vezes comovente.


Sua rítmica configura-se na fusão entre a música cabaçal o baião e as batidas de maracatu, ritmo que há pouco mais de meio século perdeu seu espaço no cotidiano da região, por este motivo além de seus objetivos profissionais, a Sol na Macambira assume a responsabilidade de levar tais manifestações de cunho afro brasileiro e indígena por onde passa, realizando a cada Show, debates, oficinas e mini cursos de percussão, construção e pratica instrumental. A base de tudo isso, não está apenas na influência ou na convivência com todos esses aspectos, mas também da necessidade de divulgação do nordeste Cariri, este relicário tão precioso e tão desconhecido por muitos.

Os instrumentos que compõem seu show não poderiam ser diferentes, pois encantam com os Pífanos, Rabecas e tambores, sempre ritmados pelas batidas do maracatu, pela levada das cirandas e pelo calor do baião. Atualmente trabalha na divulgação do seu repertório de músicas autorais através de shows e oficinas e participando de festivais de musica onde em 2006 teve uma das suas composições premiada na mostra SESC da música cearense, em 2008 no festival cariri da canção onde uma de suas canções (Oração de Sidha) fora selecionada entre as principais bandas da região do cariri e classificando-se junto a 10 outras bandas tais como Dr. Raiz e Liberdade e Raiz para a gravação de um DVD, em 2009 é convidada a participar do projeto Violas causos e crendices em Votorantin-SP, vai de encontro à gravação do seu primeiro CD, ministra oficinas na região e participa de projetos sociais no Lar Assistencial Francisco de Assis (LAFA) lugar onde nasceu e permanece ate hoje.



Contatos:
Jean Alex
(88) 96188882
(88) 88212644
email lexmcambira@hotmail.com