Rádio Chapada



segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Hugo Chavez e a nossa mídia.

Vejamos como se comportou a mídia "nativa" (será mesmo???)  sobre o referendo na Venezuela e o resultado obtido. 

Comecemos pelas manchetes da mídia corporativa. 
Uma parte dela se assume enquanto defensora do capitalismo, outra parte se diz "imparcial". 


Folha de São Paulo (Online): "Vitória de Hugo Chavez divide Venezuela; veja repercussão"

Estado de São Paulo (Estadão): "Chavez ganha direito a reeleições ilimitadas"

Globo (Online): "Chavez já se lança candidato e diz que resultado consolida o socialismo". 

A "Revista" Veja:  " Vitorioso, Chavez planeja aprofundar as mudanças - Com trinufo confirmado no referendo de domingo, ditador pode retormar sua agenda de reformas socialistas rumo a 'socialismo do século XXI'. Mas crise pode ser obstáculo". 

(Essa Veja não tem jeito... Hugo Chavez é ditador, mas o rei absoluto da Arábia Saudita é líder...)  

A visão da esquerda. 

Do site do jornalista Rodrigo Vianna: "Direto de Caracas: rua é dos chavistas; oposição se refugia na mídia". 

Do site do jornalista Paulo Henrique Amorim:  "Chávez, o mais democrático dos líderes latino-americanos". 
       
Do portal Vermelho: "Venezuela em festa por trinufo em referendo constitucional". 

 Agência Carta Maior: "Vitória de Chavez abre novos desafios para a Venezuela". 


Taí. Aos ideólogos do fim da História e da eternidade da ordem social do capital cabe explicar o que acontece. Esses mesmos ideólogos dizem que não existe mais a dicotomia entre "esquerda" e direita", que os problemas seriam de outra monta. 

Como explicar visões tão distintas sobre o mesmo tema? A gente sabe como eles explicam. O pior é tentarem nos vender a idéia da "imparcialidade", quando os grandes jornalões se esforçam para defenderem seus interesses, mas se arrogando os donos da verdade. O fenômeno da internet permite hoje quem tem acesso a ela, observar uma outra fonte de informação. 

Mas a grande massa tem acesso é ao Jornal Nacional. E assiste o que o editor-chefe, o jornalista William Bonner, decide ser correto. 

Assim é do mesmo jeito quando falam da crise mundial e da "incompetência" do governo Lula em todos os setores, principalmente nesse crise. 

E o povo vai lá e dá 84% de aprovação para o Lula. E as elites tremem de raiva. E olhe que o Lula não é nenhum Chavez ou Evo Morales, ele pega bem leve com esse PIG - Partido da Imprensa Golpista e seus partidos oficiais aliados. 
 
Dois lados, desproporção na força, mas o embate continua.  Doa a que doer. Queiram eles ou não.      

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