Comecemos pelas manchetes da mídia corporativa.
Uma parte dela se assume enquanto defensora do capitalismo, outra parte se diz "imparcial".
A Folha de São Paulo (Online): "Vitória de Hugo Chavez divide Venezuela; veja repercussão"
O Estado de São Paulo (Estadão): "Chavez ganha direito a reeleições ilimitadas"
O Globo (Online): "Chavez já se lança candidato e diz que resultado consolida o socialismo".
A "Revista" Veja: " Vitorioso, Chavez planeja aprofundar as mudanças - Com trinufo confirmado no referendo de domingo, ditador pode retormar sua agenda de reformas socialistas rumo a 'socialismo do século XXI'. Mas crise pode ser obstáculo".
(Essa Veja não tem jeito... Hugo Chavez é ditador, mas o rei absoluto da Arábia Saudita é líder...)
A visão da esquerda.
Do site do jornalista Rodrigo Vianna: "Direto de Caracas: rua é dos chavistas; oposição se refugia na mídia".
Do site do jornalista Paulo Henrique Amorim: "Chávez, o mais democrático dos líderes latino-americanos".
Do portal Vermelho: "Venezuela em festa por trinufo em referendo constitucional".
Agência Carta Maior: "Vitória de Chavez abre novos desafios para a Venezuela".
Taí. Aos ideólogos do fim da História e da eternidade da ordem social do capital cabe explicar o que acontece. Esses mesmos ideólogos dizem que não existe mais a dicotomia entre "esquerda" e direita", que os problemas seriam de outra monta.
Como explicar visões tão distintas sobre o mesmo tema? A gente sabe como eles explicam. O pior é tentarem nos vender a idéia da "imparcialidade", quando os grandes jornalões se esforçam para defenderem seus interesses, mas se arrogando os donos da verdade. O fenômeno da internet permite hoje quem tem acesso a ela, observar uma outra fonte de informação.
Mas a grande massa tem acesso é ao Jornal Nacional. E assiste o que o editor-chefe, o jornalista William Bonner, decide ser correto.
Assim é do mesmo jeito quando falam da crise mundial e da "incompetência" do governo Lula em todos os setores, principalmente nesse crise.
E o povo vai lá e dá 84% de aprovação para o Lula. E as elites tremem de raiva. E olhe que o Lula não é nenhum Chavez ou Evo Morales, ele pega bem leve com esse PIG - Partido da Imprensa Golpista e seus partidos oficiais aliados.
Dois lados, desproporção na força, mas o embate continua. Doa a que doer. Queiram eles ou não.
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