Rádio Chapada



segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Paralisação da Polícia: Raça de Fortes, povo de bravos



Entra hoje para a história do Ceará, e de forma memorável para história do Cariri, a parada geral das atividades dos policias militares. O Serviço de Segurança Pública do Estado entra num verdadeiro colapso, de norte a sul de leste a oeste os PMs param e se aquartelam em unidades militares. Essa situação, provocada pela desmotivação dos praças e oficiais das policias vem se arrastando em todos os estados brasileiros , baixos salários, abuso da carga horária de trabalho,promoções empacadas por décadas, policias com 20 anos sem uma promoção se quer, um regulamento arcaico, que descreve a face mais cruel da ditadura militar, por aprisionar o homem, e segregá-lo da sociedade.

O resultado da falta de diálogo do governo com essa categoria de profissionais de segurança pública ganhou grande musculatura, quando de forma arbitrária retiraram da chamada “ mesa permanente de negociação” os representantes dos policiais militares, levando-os a uma situação de plena marginalização do processo de discussão sobre suas carreira.

Todas as viaturas de Juazeiro , Crato, Missão Velha, Jardim, estão mantidas paradas com seus pneus esvaziados, o policiamento de Crato, Juazeiro e Iguatu aderiram ao movimento paredista, bem como as pequenas cidades subordinadas a essa unidades e subunidades militares, como resultado da falta de diálogo entre governo e a categoria quem pagará os efeitos deletérios dessa situação, será a sociedade cearense e o povo do Cariri, As agências bancárias não abrirão, o comercio não abrirá suas portas, a onda de insegurança tomará guarita nas terras do cariri.

Um verdadeiro desastre assola o povo caririense pela, ingerência de um só homem, que tenta a todo custo, menosprezar as categorias de servidores públicos do Estado do Ceará, a Educação foi a primeira, desrespeitando a lei do piso dos profissionais do magistério, na Saúde, ainda não elaborou um plano de cargos e carreiras para seus profissionais, na Segurança Pública, tripudia com os profissionais da Polícia Civil e Militar sem garantir-lhe suas reivindicações de reposição salarial, hoje as polícias do ceará se mantém com um dos piores salários do Brasil , perdendo inclusive para estados que detém uma economia infinitamente menos aquecida que a nossa no caso de Piauí e Sergipe, viaturas novas não resolvem o problema da segurança, é preciso se investir no homem que presta o serviço, garantir-lhe bons salários,garantia de um serviço de saúde que proteja seus familiares, uma política de promoção que valorize o tempo e o desempenho na prestação do serviço policial, não se pode permitir que a sociedade cearense seja penalizada pela arrogância, prepotência dos que gestão a segurança publica em nosso Estado.

Prof. Samuel Duarte Siebra
Professor do Estado do Ceará
Ex-Policial Militar
Presidente do PCdoB - Crato

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