PCdoB se organiza para crescer e ter mais influência na sociedade
No auditório lotado da Uninove, em São Paulo, o silêncio absoluto foi a principal demonstração do compromisso militante dos participantes que ouviam as intervenções de Renato Rabelo e Walter Sorrentino na abertura do 7º Encontro Nacional sobre Questões de Partido, nesta sexta-feira (15) à noite. O encontro tem por lema "“Mais vida militante para um partido do tamanho das nossas idéias"”.
Além dos dois dirigentes, tomaram a palavra também a vice-presidente do PCdoB, Luciana Santos, o vereador Netinho de Paula (São Paulo), a deputada estadual Leci Brandão (SP), o deputado Federal Osmar Júnior (PI), o senador Inácio Arruda (CE) e o presidente da União da Juventude Socialista (UJS), André Tokarski.Novo modo de direção organizativa
Em um encontro feito para debater e implementar ações voltadas à estruturação partidária, os dirigentes apresentaram a proposta de um novo modo de direção organizativa, voltado à consolidação das bases partidárias nos municípios a partir da valorização dos “quadros de base” e dos “quadros intermediários”, como classificou o secretário de organização do PCdoB, Walter Sorrentino (foto ao lado).
Segundo Sorrentino, a forma de estruturar este novo modelo organizativo é a criação de fóruns de quadros intermediários, coordenados pelos secretários de organização, e a multiplicação do formato para a formação também de fóruns de quadros de base. Esses quadros são as lideranças partidárias espalhadas pelo país, componentes de comitês estaduais, municipais, distritais e ainda as lideranças dos organismos de base.
O desafio, destacou o dirigente, é enraizar o partido junto ao povo – tarefa que exige a organização das bases partidárias – evitando dois possíveis desvios: tanto o de “subsumir os projetos pessoais ao coletivo” quanto o de, pelo contrário, permitir que os projetos pessoais sejam maiores que os coletivos. O combate a esses dois extremos, explica Walter, está na aplicação da Nova Política de Quadros do PCdoB, aprovada no 12º Congresso do partido.
Meio milhão
Tanto Walter Sorrentino quanto Renato Rabelo repetiram algumas vezes a meta do PCdoB de chegar a 500 mil integrantes até o 13º Congresso, que ocorre em 2013. O centro na organização nos municípios tem relação com a ambição de crescer a presença política no parlamento. A conquista de mais espaço nas câmaras municipais e prefeituras tem relação direta com a eleição de mais parlamentares em âmbito federal, avaliou Walter Sorrentino.
Para o PCdoB, a conquista de mais espaços institucionais é uma forma de obter mais influência na sociedade, tarefa que passa também pelo fortalecimento das lutas sociais.
“Temos que ser mais fortes eleitoralmente, no movimento de massas e na luta de idéias”, disse Walter. O secretário de organização valorizou ainda a participação dos trabalhadores, dos jovens e das mulheres no PCdoB, assim como das “forças intelectuais que debatem o Brasil”.
Ambos valorizaram, ainda, o papel do PCdoB nos dois governos Lula e no governo Dilma e ó presidente do PCdoB avaliou que o momento no mundo é propício à luta nacional e antiimperialista, especialmente na América Latina. Para Renato, os dois desafios que o PCdoB encara como “nodais”são: “fortalecer a coalizão de governo superando práticas hegemonistas e exclusivistas, para o êxito da frente governista; e redirecionar a política macroeconômica, por uma orientação econômica desenvolvimentista e de progresso nacional e social”.
Renato reafirmou, ainda, a defesa de um núcleo permanente de discussão e formulação política, “formado pelos Partidos mais comprometidos e conseqüentes de sustentação do governo”.
As falas das demais lideranças mantiveram a animação do plenário , contribuindo para um início promissor do 7º Encontro de Questões de Partido, que continua neste sábado e domingo (16 e 17) em São Paulo.
De São Paulo,
Luana Bonone
Veja aqui a íntegra do discurso de Renato Rabelo (arq. Word)
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