Talvez o título dessa postagem devesse ser " As mentiras que os defensores do capitalismo contam". Mas preferi o título
que coloquei. Sei que o capitalismo não produz falácias, trata-se de um sistema, são os seus defensores e apologistas é que as produzem. Pessoas de carne e osso, cérebro e muita vontade
política de defender o que é indefensável: a ordem social do capital.
Hoje escreverei apenas sobre uma dessas falácias: a do "eterno presente".
A teoria do "eterno presente" é aquela que tenta naturalizar todas as relações humanas. Tenta transformar os seres humanos em apenas mais uma espécie do reino animal. Ora, sabemos que os seres humanos fazem parte do reino animal. Mas ao mesmo tempo, constitutem uma espécie única que possibilitou o advento do tempo histórico. Aquele que só passou a existir com o advento dos seres humanos.
Os apologistas do capitalismo adotam duas posturas sobre o tempo histórico.
A primeira postura é a da negação da existência do tempo histórico.Dessa maneira, tentam afirmar que vivemos eternamente no presente, ou seja, desde tempos imemoriais, vivemos sob formas capitalistas, algumas vezes obliteradas por "amarras" e a comprovação desse fato seria uma "natureza humana" egoísta, maximizadora e individualista que sempre persegue a espécie humana.
Hoje escreverei apenas sobre uma dessas falácias: a do "eterno presente".
A teoria do "eterno presente" é aquela que tenta naturalizar todas as relações humanas. Tenta transformar os seres humanos em apenas mais uma espécie do reino animal. Ora, sabemos que os seres humanos fazem parte do reino animal. Mas ao mesmo tempo, constitutem uma espécie única que possibilitou o advento do tempo histórico. Aquele que só passou a existir com o advento dos seres humanos.
Os apologistas do capitalismo adotam duas posturas sobre o tempo histórico.
A primeira postura é a da negação da existência do tempo histórico.Dessa maneira, tentam afirmar que vivemos eternamente no presente, ou seja, desde tempos imemoriais, vivemos sob formas capitalistas, algumas vezes obliteradas por "amarras" e a comprovação desse fato seria uma "natureza humana" egoísta, maximizadora e individualista que sempre persegue a espécie humana.
Assim, o capitalismo corresponderia a um "estado de espírito" que sempre esteve presente dentro de nós e sempre estará. O relógio do tempo na verdade estaria congelado, sempre marcando a mesma hora...
Determinismo e fatalismo! E muitos historiadores embarcam nessa, e logo os mais "críticos" ao marxismo e os mesmos que acusam o marxismo disso, tsc tsc...
A segunda postura sobre o tempo histórico (na defesa da ordem social do capital) é aquela que não nega a sua existência. Mas aí, duas posições demarcam essa postura:
a) Aquela que nega a inteligibilidade do tempo histórico, talvez "o sentimos mas não poderemos explicá-lo";
b) Aquela que se refere ao tempo histórico como apenas a sucessão dos conteúdos (pessoas, idéias), onde as formas foram, são e serão sempre fixas, indissolúveis.
E mais uma vez para minha tristeza, existem colegas historiadores, que são assalariados, que embarcam nessa. Formas fixas, indissolúveis. Apenas algumas amarras e entraves, mas lá no fundo, sempre capitalistas...
Karl Marx já escreveu, "Tudo o que é sólido desmancha no ar".
O surgimento dos seres humanos provocou o aparecimento do tempo histórico. A temporalidade mostra o caráter transitório das formas e dos conteúdos. No que diz respeito à humanidade, a transitoriedade de sua produção é evidente: as instituições, as relações, as técnicas, a arte, o trabalho, as religiões, a ciência, tudo muda e transita. Nada é eterno.
Existe uma cultura humana. Que é histórica portanto. Aos apologistas do capitalismo não interessa uma alternativa à ordem social do capital. Interessa sim a eles, a alienação. Aos proletários historiadores que servem a essa ordem, consciente ou inconscientemente cabe o papel de detratores do tempo histórico.
E nós? Como ficamos? Nos compete remar contra a corrente que insiste na desesperança e pessimismo que reinam no mundo atual.
A segunda postura sobre o tempo histórico (na defesa da ordem social do capital) é aquela que não nega a sua existência. Mas aí, duas posições demarcam essa postura:
a) Aquela que nega a inteligibilidade do tempo histórico, talvez "o sentimos mas não poderemos explicá-lo";
b) Aquela que se refere ao tempo histórico como apenas a sucessão dos conteúdos (pessoas, idéias), onde as formas foram, são e serão sempre fixas, indissolúveis.
E mais uma vez para minha tristeza, existem colegas historiadores, que são assalariados, que embarcam nessa. Formas fixas, indissolúveis. Apenas algumas amarras e entraves, mas lá no fundo, sempre capitalistas...
Karl Marx já escreveu, "Tudo o que é sólido desmancha no ar".
O surgimento dos seres humanos provocou o aparecimento do tempo histórico. A temporalidade mostra o caráter transitório das formas e dos conteúdos. No que diz respeito à humanidade, a transitoriedade de sua produção é evidente: as instituições, as relações, as técnicas, a arte, o trabalho, as religiões, a ciência, tudo muda e transita. Nada é eterno.
Existe uma cultura humana. Que é histórica portanto. Aos apologistas do capitalismo não interessa uma alternativa à ordem social do capital. Interessa sim a eles, a alienação. Aos proletários historiadores que servem a essa ordem, consciente ou inconscientemente cabe o papel de detratores do tempo histórico.
E nós? Como ficamos? Nos compete remar contra a corrente que insiste na desesperança e pessimismo que reinam no mundo atual.
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