Rádio Chapada



terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Vandalismo no Sítio Fundão


Vandalismo no Sítio Fundão



O patrimônio histórico e cultural pertencente ao Parque Estadual do Sítio Fundão começa a ser destruído por falta de vigilância permanente. Com o abandono das instalações edificadas no sítio Fundão, os vândalos estão tomando conta da reserva ecológica.

Na manhã de domingo, dia 28 de dezembro, uma equipe formada pelo professor Eldinho Pereira, o articulador do SEBRAE Fábio Bezerra e o radialista Ed Alencar, realizou uma caminhada até o sítio Fundão e, para a surpresa de todos, o cenário foi revoltante. Ao longo da estrada que dá acesso ao sítio e em volta da casa de taipa de primeiro andar, haviam sacolas de lixo e pneu com água parada, deixados por uma ação de limpeza realizada por uma ONG local há aproximadamente um mês.

Além disso, a casa de taipa estava de porta arrombada. Na parte superior, haviam marcas de pés nas paredes, o que caracterizava arrombamento e invasão. A instalação elétrica foi danifinada e parte das telhas da casa quebradas. Um móvel rústico deixado pela família Alencar estava quebrado e largado fora da casa, o banheiro estava saqueado e a bacia sanitária quebrada.

É lamentável lembrar que, por várias vezes, denúncias e solicitações, encaminhada até mesmo para o governador Cid Gomes, pediam maior atenção ao sítio Fundão. E não faz tanto tempo que o superintendente da SEMACE Dr. Herbert, reuniu a imprensa e segmentos sociais do Crato para apresentar, com belas palavras e imagens, o novo projeto de reforma e de preservação para o Fundão. Que pelo visto já foi esquecido.

Não adianta mais tampar o sol com a peneira. Se as invasões já aconteciam, com derrubada de árvores e outras ações, agora a coisa atingiu os bens edificados. É de se perguntar ao governo do Estado, se com todo o seu poder de policiamento e de órgãos fiscalizadores, porque não se implanta uma vigilância provisória e permanente, com pelo menos um segurança se revesando no local.

Moradores vizinhos ao parque estadual, são testemunhos da ausência radial no que diz respeito as visitas antes realizadas por policiais e pela SEMACE na área.

A sociedade cratense e os defensores desse patrimônio público, não podem ficar de braços cruzados. Vamos cobrar das autoridades responsáveis o cumprimento da verdadeira finalidade da desapropriação, que era a preservação permanente da área. Não basta construir uma cerca nos limites e passar um cadeado como forma de solução para uma área de 97 hectares de mata nativa. Não por acaso, a família do ecologista e criador da reserva, Jéfferson da Franca Alencar, vem a público protestar o abandono em que se encontra o sítio.

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