Rádio Chapada



quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Projeto “No Terreiro dos Brincantes” lança documentário sobre Mestra Zulene Galdino

O segundo documentário produzido pelo Projeto “No terreiro dos Brincantes” conta a história da Mestra Zulene Galdino . O lançamento acontecerá no dia 23, a partir das 18h30, na residência da Mestra na Vila Novo Horizonte, no Crato.

O Projeto “No Terreiro dos Brincantes” visa contribuir para o registro audiovisual das manifestações da cultura popular e é desenvolvido pelo Instituto Ecológico e Cultural Martins Filho – IEC, vinculado a Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Regional do Cariri – URCA e o Coletivo Camaradas.

O terceiro documentário está sendo produzido e resgata a história do Reisado Dedé de Luna do Bairro Muriti também da cidade do Crato.

Serviço:
Projeto No Terreiro dos Brincantes
Informações (88)99772082

domingo, 17 de outubro de 2010

Veja o Partido da Veja: É por isso que ela defende o Serra!

Serra, quando governador, pagou R$ 34 milhões à editora da revista Veja

21/9/2010 15:35, Por Redação, com Altamiro Borges - de São Paulo

Fonte: www.correiodobrasil.com.br

O jornalista Altamiro Borges realizou minuciosa pesquisa junto aos editais publicados no Diário Oficial do Estado de São Paulo e divulgou o resultado, nesta terça-feira, após descobrir indícios de um autêntico “mensalão” pago pelo tucanato ao Grupo Abril. A liberação dos recursos ficou gravada no histórico do Diário Oficial do Estado:

DO (Diário Oficial do Estado de São Paulo) de 23 de outubro de 2007. Fundação Victor Civita. Assinatura da revista Nova Escola, destinada às escolas da rede estadual. Prazo: 300 dias. Valor: R$ 408.600,00. Data da assinatura: 27/09/2007. No seu despacho, a diretora de projetos especial da secretaria declara ‘inexigível licitação, pois se trata de renovação de 18.160 assinaturas da revista Nova Escola’.

DO de 29 de março de 2008. Editora Abril. Aquisição de 6.000 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 365 dias. Valor: R$ 2.142.000,00. Data da assinatura: 14/03/2008.

DO de 23 de abril de 2008. Editora Abril. Aquisição de 415.000 exemplares do Guia do Estudante. Prazo: 30 dias. Valor: R$ 2.437.918,00. Data da assinatura: 15/04/2008.

DO de 12 de agosto de 2008. Editora Abril. Aquisição de 5.155 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 365 dias. Valor: R$ 1.840.335,00. Data da assinatura: 23/07/2008.

DO de 22 de outubro de 2008. Editora Abril. Impressão, manuseio e acabamento de 2 edições do Guia do Estudante. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 4.363.425,00. Data da assinatura: 08/09/2008.

■ DO de 25 de outubro de 2008. Fundação Victor Civita. Aquisição de 220.000 assinaturas da revista Nova Escola. Prazo: 300 dias. Valor: R$ 3.740.000,00. Data da assinatura: 01/10/2008.

DO de 11 de fevereiro de 2009. Editora Abril. Aquisição de 430.000 exemplares do Guia do Estudante. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 2.498.838,00. Data da assinatura: 05/02/2009.

DO de 17 de abril de 2009. Editora Abril. Aquisição de 25.702 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 608 dias. Valor: R$ 12.963.060,72. Data da assinatura: 09/04/2009.

DO de 20 de maio de 2009. Editora Abril. Aquisição de 5.449 assinaturas da revista Veja. Prazo: 364 dias. Valor: R$ 1.167.175,80. Data da assinatura: 18/05/2009.

■ DO de 16 de junho de 2009. Editora Abril. Aquisição de 540.000 exemplares do Guia do Estudante e de 25.000 exemplares da publicação Atualidades – Revista do Professor. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 3.143.120,00. Data da assinatura: 10/06/2009.

Negócio milionário

Somente com as aquisições de quatro publicações “pedagógicas” e mais as assinaturas de Veja, o governo tucano de José Serra transferiu, dos cofres públicos para as contas do Grupo Civita, R$ 34.704.472,52 ao longo de um ano. O Ministério Público Estadual já acolheu representação do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) e abriu o inquérito civil para apurar irregularidades no contrato firmado entre o governo paulista e a Editora Abril na compra de 220 mil assinaturas da revista Nova Escola.

A compra das assinaturas representa cerca de 25% da tiragem declarada da revista Nova Escola e injetou R$ 3,7 milhões aos cofres do empresário Victor Civita. Mas este não é o único caso de privilégio ao Grupo Abril. O tucano Serra também apresentou proposta curricular que obriga a inclusão no ensino médio de aulas baseadas nas edições encalhadas do Guia do Estudante, outra publicação do grupo.

sábado, 16 de outubro de 2010

Apanhei, não quero mais...



Por Alexandre Lucas*

Uma coisa é certa quem apanha quer se ver livre de qualquer porrada! Lembro de muitas surras que levei na vida e me lembro de cada uma delas, como se fosse aquele beijo inesquecível...do qual jamais podemos nos esquecer...a surra é bem diferente do beijo. O beijo é tão bom, mas a surra dói, deixa marcas, traumas.

Se for para escolher não temos dúvidas, vamos decidir por muitos beijos e, nenhuma pancada. Porém não nos afastemos das lembranças de tantas cacetadas que já recebemos, essas lembranças nos servem como aqueles despertadores que sempre nos acordam do sono profundo.

Comecei a beijar muito cedo, aprendi que isso era muito prazeroso, porém comecei a apanhar antes mesmo de aprender a beijar. É, não tinha como correr, tinha que apanhar mesmo, pelo menos por um bom tempo, apanhei não porque Mainha e Painho me batiam, mas apanhei como muitos filhos deste país, não da mão pesada dos adultos, mas da mão pesada das injustiças sociais, apanhei do pão nosso que nos falta a cada dia.

Filho de Costureira e Sapateiro aprendi como é difícil sobreviver num país capitalista. Não é preciso entender de política ou de economia para saber o quanto maltrata ver um pingado de gente se banhando de dinheiro e uma grande multidão só vendo o espetáculo sem poder participar da festa.

Minha mãe, uma Maria, oprimida e explorada, como tantas marias do Brasil, que nunca participou de política, me deu talvez o maior beijo da minha vida, quando tinha aproximadamente uns nove anos, perguntei “mãe o que é comunista?” e ela me disse “é esse povo que defende a igualdade, muitos já foram presos ”.

Talvez esse beijo tenha me despertado sensações e convicções. Quando comecei a participar de política, nem votava ainda. Mas já me indignava com um governador de bico grande e de olhos azuis que implantou no Estado do Ceará um sistema de Educação cronometrado e por televisão, como se o nosso povo fosse um conjunto de robôs. Essa foi uma tremenda lapada na nossa vida de estudante de escola pública.

O meu batismo de indignação provavelmente tenha ocorrido numa manifestação que aconteceu quando o então presidente FHC esteve no Cariri/CE. É eu estava lá e fui espancado pela Polícia juntamente com vários camaradas que discordavam do modelo de Governo antipopular, entreguista e neoliberal do PSDB.

Lembro-me ainda que neste período de FHC, um dia chorei de raiva, ao assistir à TV, e ver um jovem com o nariz ensangüentado, tinha sido agredido por defender o patrimônio do nosso país, a Vale do Rio Doce vendida pelos tucanos ao interesses estrangeiros, esse jovem era o Kerison Lopes, na época presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas – UBES.
Também lembro quando outro Governo do PSDB no Ceará desrespeitou o resultado de consulta para reitor da Universidade Regional do Cariri – URCA. É, mas dizem que são democráticos.

Nestas eleições fiquei admirado com essa turma do PSDB que sempre criminalizou a luta organizada do nosso povo e agora se coloca como salvadores da pátria. Esses dias assistir ao Programa do Serra, ele tecia vários elogios a luta ecológica do Chico Mendes e da Marina, ele só esqueceu de dizer que esses ecologistas eram do Partido da Dilma e que foram combatidos pelo PSDB e Demos. Mas ele elogiava até o Lula, mas porque será que ele não bate no Lula e fala tão bem da Marina?

É, sei o quanto esse Brasil cresceu, poderia ter crescido mais. A vida do povo simples melhorou... Esse povo possivelmente tenha beijado mais e apanhado menos.

Esse é um momento para decidimos, só temos uma escolha. De um lado tem a surra que serra a alma e do outro a Dilma. Eu vou votar na Dilma, ela não é uma comunista, nem vai fazer revolução socialista, é uma pena. Mas ela é a opção que temos para apanharmos menos.

*Pedagogo, artista/educador e Coordenador do Coletivo Camaradas

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Documentário resgata história do Reisado Dedé de Luna

Tradição e inovação são características do Reisado Dede de Luna no Bairro Muriti no Cidade do Crato. O reisado teve sua primeira formação em 1955, no sítio Cobras constituída por homens que animavam as renovações em sítios do Município, as brincadeiras duravam de um dia para o outro. A segunda formação ocorreu em 1984 já no Bairro Muriti e tendo a frente as filhas do Mestre José Francisco Luna popularmente conhecido como Dedé de Luna.

O grupo inicialmente era denominado de Decolores, após a morte do Mestre em 2002, a filhas prestaram uma homenagem mudando o nome do Reisado para Dedé de Luna.

Atualmente constituído por 30 brincantes a maioria mulheres, o reisado se destaca pela inovação das roupas que recebem detalhes minuciosos de lantejoulas, espelhos e tecidos brilhosos. O traje se diferencia dos demais reisados da Região do Cariri.

Atualmente coordenado pela filhas, mestra Mazé e mestra Penha, o trabalho vem se renovando e crescendo, além do reisado, o grupo mantém ainda teatro de rua, coco, lapinha e reisado infantil.

A história do grupo será resgatará através de documentário que contará a trajetória desse reisado que vem se mantendo vivo há várias décadas. O documentário será o terceiro desenvolvido pelo Projeto “No Terreiro dos Brincantes” que é realizado pelo Instituto Ecológico e Cultural Martins Filho – IEC, vinculado a Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Regional do Cariri – URCA e o Coletivo Camaradas.

O primeiro documentário foi sobre as “Mulheres do Coco da Batateira” e o segundo sobre a “Mestra Zulene Galdino”.

Para a Mestra Mazé esse documentário é importante para o grupo, pois fica na memória das pessoas. Ela destaca que resgatará uma história que vem de uma tradição e que servirá como fonte de pesquisa para estudiosos do assunto.

A acadêmica de História da URCA e monitoria do Projeto “No Terreiro dos Brincantes”, Ana Cristina de Sales enfatiza que esse trabalho é uma forma de se aproximar e conhecer a realidade dos grupos da cultura popular. Ela destaca que os documentários são importantes recursos pedagógicos para serem utilizado em sala de aula.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Camaradas realizarão Dia das Crianças no Gesso


O “Campinho dos Meninos do Gesso” é o espaço escolhido pelo Coletivo Camaradas para ser realizada a segunda edição do projeto “Coletivo na Periferia” no Dia das Crianças.

A ação visa ser uma troca de experiência entre os Camaradas e a Comunidade do Gesso e consistirá de oficinas de pintura mural, recortes de papeis, marmorização, intervenções urbanas e brincadeiras populares como elástico, bila, peteca, bola e bambolê. Além de pintura de rosto, palhaços e malabares. Por outro lado, os integrantes do Coletivo Camaradas pretendem conhecer e vivenciar as experiências estéticas e de entretenimento da comunidade.

De acordo com o coordenador do Coletivo Camaradas, o professor Alexandre Lucas, um dos motivos que motivou a escolha foi reconhecer que o “Campinho dos Meninos do Gesso” representa um dos poucos espaços de lazer da comunidade e que historicamente as crianças se apropriaram do local para brincar, especialmente com pipas e bolas. Lucas enfatiza que existe um desejo da comunidade em transformar o campinho num equipamento cultural com quadra, praça e atividades esportivas e artísticas.

A ação terá início a partir das 14 horas e deverá prosseguir até às 18 horas. A ação é aberta a participação de outros artistas e os Camaradas estão convidando fotógrafos, cineastas, penas de pau, artistas visuais, músicos, atrizes e atores para compartilhar deste momento com a criançada.

A ação conta com a parceria da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Regional do Cariri – URCA, Projeto Nova Vida e Sociedade Cariri das Artes.

PROEX abre inscrições para Monitoria

Os alunos da Universidade Regional do Cariri que queiram ser voluntários nesta ação do Coletivo Camaradas na Comunidade do Gesso deverão fazer sua inscrição na PROEX no Campus Pimenta. Informações (88) 3102-1200.

Serviço:
www.coletivocamaradas.blogspot.com
Informações adicionais:
(88) 99772082